quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desengasga

Tira esse nó da garganta, grita, fala alto, pra todo mundo ouvir. Diz que é amor, ou no mínimo uma paixão tão intensa que até dói de vez em quando. Abre o coração, pensa como homem de verdade. Sente. Sinta.

Pense como eu penso, e, por favor, não mude de idéia. Não pode ser só meu, isso não pode ser único. Você me diz uma coisa, sua pele me diz outra. Seus olhos, o clichê da janela da alma, me dizem isso. Fala o que sente. Abre o jogo. Põe pra fora.

Falar, escrever, pensar, sentir, tudo em você, sobre você, por você, para você. Não dá pra fugir.

Loucura boa essa, às vezes incomoda. O nó, o nó na garganta incomoda. Ele precisa ser desfeito. Essa conversa tem de fluir, tem de existir. Não dá pra te ver e não te querer, (É, isso é Skank. Ou será Nando Reis?), mas é verdade.

Seu nome, seus olhos, sua boca. Tudo é perfeito. A perfeição segue o padrão de cada um. Algo ou alguém só é perfeito a quem interessa, a quem assim os denomina.

Perfeita cheia de defeitos.

Certa, tão cheia de incertezas.

 O oposto.

 O avesso do avesso.

É o último suspiro, a última cartada, a última palavra, a última estrofe cantada, a última nota tocada.

Não resisto, insisto, persisto.

Não discuto e não oculto. Não luto mais.

Descobri que te amo.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Ela tem a capacidade de bagunçar meus sentimentos com apenas um olhar. Sua presença por si só já é uma ameaça para meu equilíbrio. Minha paz se vai, minha mente acorda, meu coração desperta, tudo em função da sua presença. Seu olhar fala comigo, eu poderia ficar olhando aqueles olhos o dia todo, a vida toda. Ela não precisa de palavras, me conquista por gestos. E eu que achava que estava curado, que isso já tinha passado. Bobagem. Eu, na minha vasta experiência deveria saber que ela é como uma droga. Vicia.
Hoje ela já não está aqui, se foi. Mas eu não consigo tirá-la da minha cabeça, não consigo mandar essa nuvem embora, não dá, simplesmente não dá.
Um sentimento desse porte não cabe em palavras. Queria seu corpo aqui, para prestar a devida homenagem. Preciso dela, e se fosse necessário o mundo parar e termos de...

Não dá pra falar sobre isso. Esse sentimento é puro demais, nunca senti algo assim.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fim dos tempos


Não posso perder minha capacidade de raciocínio, minha inspiração, minha intimidade com as palavras. Não posso deixar que o ambiente me prive de pensar, não posso ceder, abrir exceções. Não posso me envergonhar, não posso parar de lutar, tenho minha crença, sou minha própria religião. A religião do pensamento, idéias que não fazem sentido para os outros, mas que significam muito para mim. Conheço pessoas completamente estúpidas, boçais, sem salvação. Tenho medo de me tornar uma delas. Acredito que você tem direito de ser feio, ou bonito, gordo, ou magro, alto, ou baixo, mas o seu único dever é não ser medíocre. O mundo está repleto de pessoas medíocres, sem salvação, e estar rodeado delas é um tanto quanto perigoso. A melhor solução é manter a mente funcionando, sã, pensando, maquinando.
Invento histórias. Imagino o inimaginável, duvido de tudo, me questiono e me posiciono. Não posso baixar a guarda, não posso ser pego por essa teia invisível que se chama burrice. Conformismo, outra besta apocalíptica do mundo moderno. Acostumamo-nos a fazer piada sobre as calamidades do mundo, viver rindo da própria desgraça. Estamos sob a forte influência de jornais e jornalistas que formam nossa opinião. E a cada vez que isso acontece, cada vez que concordamos com as frases de efeito deles, que concordamos com um apresentador sensacionalista, que acreditamos nas palavras dos políticos, empobrecemos ainda mais. Podemos perder bens materiais, mas a consciência é muito mais valiosa, a capacidade de discernir o certo do errado, de se chocar com as calamidades do mundo, de refletir. Imagine o mundo se nada disso existisse, ou pior, que tivesse existido e fosse esquecido. Infelizmente é o que vejo acontecer, vejo crianças crescendo burras, mesmo cercadas de informação. Vejo o apocalipse sim, mas esse é o que dá medo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Afeto.


Poetas precisam de inspiração, e a procuram em todos os lugares, mas a inspiração não aparece do nada, ela é malandra, aparece quando quer, é independente, é dona do seu nariz. Dá as caras quando realmente vale a pena. Mas o que vale a pena?! Uma tarde de sol, com aquele vento frio. Um pôr do sol na praia, de preferência deserta. Uma flor de laranjeira. Não sei, a inspiração tem vida própria, e brota das pequenas coisas, dos mínimos gestos.


Um casal de senhores sentados no primeiro banco do ônibus, numa tarde ensolarada, de muito trânsito. Eu de pé, ao lado deles, passo a viagem inteira vendo os dois, que têm as mãos unidas em um sinal de carinho, depois de anos de casados. Não sei se são alegres, se se completam, mas sei que se entendem, e se entendem apenas por gestos. Não sei de onde vinham, talvez da casa de seus filhos, após uma visita aos netos, ou talvez de uma consulta no médico, sei lá. Não disseram uma palavra durante o trajeto, apenas as mão entrelaçadas, como se aquilo fosse a conversa necessária. Tudo parecia claro, calmo. Parecia que não estavam ali, pareciam uma cena de filme daqueles bem antigos. Me deu vontade de abraçá-los, de perguntar sobre suas vidas, de me convidar para sua casa e poder ouvir suas estórias. Não sei se eram felizes, já disse isso, mas estavam em paz, um com outro, os dois com o mundo.
Todo mundo já sentiu saudades do que nunca viveu, já dizia Renato Russo, mas no fim da vida, quando tudo que tinha de ser feito, foi feito, talvez palavras não sejam necessárias, talvez o carinho, o amor e a compreensão se personifiquem em gestos. Palavras são desnecessárias de vez em quando. Esse texto é desnecessário, mas existe, pois eu já havia escrito ele na minha mente, e sinceramente, as palavras o estragaram, o fizeram mais pobre.


O que interessa é a foto, o que ela representa. Todo mundo precisa de alguém para andar de mãos dadas, mas nem todos precisam de palavras nesse momento. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Alegria instantânea

Sensação boa de se sentir bem. Lampejos de alegria se abatem repentinamente e tudo parece claro, soluto. Li e fiquei feliz. Não sei o motivo. Uma menina maluca escreve coisas que parecem sem sentido, mas só pra quem não sente. Foda-se. Eu sinto. E ela sente melhor do que ninguém. O que seria do mundo sem mentes brilhantes fazendo o serviço de pensar, de sentir? Eu tenho uma mente boa, tenho inteligência, tenho senso de ridículo e bom gosto. Sou isso, ela aquilo. Engraçado. Invejo sua mente. Mas é inveja boa. Menina maluca mesmo, escreve coisas sem pé nem cabeça. Pensa coisas sem pé nem cabeça. Ela vive, pelo menos parece. Sua vida parece um filme, sei lá. A minha parece novela. Que legal ficar contente por alguém. Deu barato ler esses textos, parece brisa. Sei lá. Ouvir Ramones e escrever algo aleatório faz bem. Vou acender um cigarro logo menos e ver a chuva. Na verdade eu queria era tomar essa chuva. Lavar a mente, lavar a alma. Você já ficou alegre hoje?


Priscillar é um verbo bacana.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abre o olho, e vê o que ninguém mais vê.
Sinta o mundo, como ninguém mais sente.
Ame como ninguém mais ama.
Realize-se.

A utopia da felicidade.

 Se você se acha feliz, faça um balanço da sua vida. Pare pra se perguntar se você é completo, realizado. Você pode até ter bens materiais, conhecer o mundo, estar rodeado de pessoas, contar com verdadeiros amigos, mas, pare e pense se você pode ser considerado feliz.
 E qual é a definição de felicidade? O dicionário classifica como estado de quem é feliz, ventura, bem-estar, contentamento, bom resultado, bom êxito, eterna bem-aventurança.
Toda vez que eu leio essa definição eu só penso na parte material, como se os bem-aventurados fossem unicamente os abonados. É o que o dicionário me diz.
 Hoje é aniversário da única mulher que eu amei na minha vida, e eu não faço a mínima idéia de onde ela esteja ou com quem esteja, ou se está feliz. Engraçado isso, faz anos que não tenho notícias suas e ainda me lembro dela. Lembro-me das pouquíssimas vezes que a tive, e me lembro que pensei ter alcançado a felicidade quando estive ao seu lado. Eu me senti bem-aventurado, me senti contente, pensei ter sentido a felicidade em minhas mãos.
 Mas isso já não existe, e a lamentação não é o ponto principal do texto, foi só um exemplo, uma experiência vivida. O fato é que eu vejo pessoas exaltando sua felicidade, como se ela fosse real, como se ela fosse completa, palpável.
 Mentira. Pare de se enganar, você não é feliz, porque ninguém é. A mente humana cresce, mas continua com instintos primitivos, como os de um bebê. Você se surpreende com algo, mas logo esse algo não tem mais importância. Você se sente completo ao comprar um carro, ao se casar, ao ver seu filho nascer, mas depois de um tempo, uma nova prioridade aparece e você muda o rumo novamente, em busca da “nova felicidade”.
 Mas se você não é feliz, também não significa que você é triste. Tristeza é um estado de espírito, não um sentimento. Claro que se sua vida não for das melhores e você for rodeado de desgraças você vai me mandar à merda, mas eu estou analisando sentimentos, não pessoas.
 Você não é feliz. Esse sentimento não existe. Você é alegre, e isso pode ser constante. Alegria também é estado de espírito, e também significa contentamento. Contentamento. Mas como é que pode ser o significado de felicidade, se ninguém nunca se contenta com o que tem? Que antítese é essa, dentro de uma mesma palavra? Como é possível sentir isso, já que a busca pela felicidade não se contenta?
 A única coisa que eu sei, e falo por mim, é que dá pra ser alegre, e é muito bom ser alegre. Não vou perder tempo procurando felicidade, já que ela não existe segundo minha concepção.
 Se você é feliz, continue se enganando. Se você consegue mentir pra você mesmo, não há motivos para ser triste.

Existem pessoas que merecem ser alegres, que merecem ser amadas.

Cerque-se delas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma última batalha

Um cavaleiro, montado em seu cavalo, com sua armadura reluzente e sua espada e escudo empunhados decidiu desbravar terras nunca antes visitadas. Tomou sua bagagem e saiu em uma cruzada pessoal, deixando para trás seus fantasmas, coisas que lhe faziam mal. Lembranças de tempos gloriosos, de batalhas vencidas, de conquistas inenarráveis, de heroísmo e bravura aclamados, tempos distantes. O cavaleiro pega então a estrada, e sozinho faz um balanço de tudo que já havia acontecido em sua vida. Ele começa pensando em sua infância, de tudo que aprendeu com seu pai, da educação recebida da mãe, e de como era fácil não ter de carregar fardo algum. Ele se lembra de suas aventuras, traquinagens, batalhas épicas, que aconteciam em sua mente, e que sempre resultavam em glórias e mais glórias. O cavaleiro foi crescendo, assim como suas responsabilidades. Já não havia tempo para imaginar aventuras, pois elas estavam à beira de se transformar em realidade. Ele se lembra de tudo que aprendeu com seu mestre, do dia em que empunhou uma espada pela primeira vez, da sua primeira montaria, seus primeiros treinamentos de batalha e estratégia. O cavaleiro faz uma pausa em sua viagem e se deita sob uma árvore para descansar, pois já há tempo que pegou a estrada e seu cavalo, assim como ele, já não é tão jovem. Ao deitar-se, ele adormece e sonha com tudo que havia pensado durante a viagem, e vê claramente as situações pelas quais passou, com o mínimo detalhe, como se fosse um filme. Em seus sonhos ele é grandioso, respeitado, famoso e conquistador, coisas que realmente foi, mas em escala não tão excepcional. Ele desperta do sonho com uma brisa forte, um cheiro de chuva chegando, e isso faz com que se apronte novamente para seguir viagem. Assim que monta em seu cavalo, volta a pensar na sua vida, só que agora já na fase adulta. Lembra-se da sua primeira batalha, de sua primeira vítima, e de como ela merecia o destino que ele havia lhe dado. Lembra de sua primeira noite em companhia de uma mulher, e de como ficou envergonhado ao ver um corpo feminino nu em sua frente. Lembra-se do sabor da torta de morangos de um vilarejo que freqüentava, do buquê do vinho que sempre lhe era servido, da companhia de amigos que já se foram em batalhas, e de tudo que lhe completava nessa fase de sua vida. O cavaleiro serviu sua Rainha durante muitos anos, e ela sempre lhe dizia que cavaleiro melhor não havia. Ninguém manejava uma espada tão bem, nem conseguia desmantelar exércitos com tanta facilidade quanto ele. Durante um tempo ele também se considerou incrível, e invencível também. Achava que era um deus e que nada poderia lhe ferir, ninguém era capaz de tal façanha. Já era noite quando o cavaleiro resolveu parar pela segunda vez, só que agora ele estava numa vila, então a melhor solução para aliviar seu cansaço seria uma boa estalagem.  Como era um homem de costumes, foi ao lugar que sempre freqüentou,  porém, o tempo havia mudado tudo por lá, e ele então percebeu que suas memórias ali já não existiam, como as pessoas que sempre lhe serviram. Mesmo assim se instalou no local, e chegando aos seus aposentos provisórios, foi logo se despindo de sua pesada armadura e de todo seu armamento. Entrou na água fervente da banheira totalmente despido, acompanhado somente de uma garrafa de vinho barato, que lhe foi oferecido como cortesia. Enquanto se banhava, passava a mão em suas cicatrizes espalhadas pelo corpo, e lembrava exatamente como cada uma tinha sido feita, e também, quem havia lhes proporcionado. Todas já eram antigas, e os guerreiros que lhe tinham causado as cicatrizes, já não estavam em vida. Quando a água já havia esfriado e a segunda garrafa esvaziado, ele se levantou, cambaleando, e chegou até a cama, que ele acreditava ser um pouco mais macia, pelo que se lembrava. Quando adormeceu, voltou a sonhar com suas batalhas, e uma em especial sempre lhe ocorria. Era a mais épica de todas, e também era àquela que lhe fez se retirar dos campos de batalha. Havia acontecido já havia trinta anos, mas ele se lembra perfeitamente de todos os detalhes. Ele estava no comando de mais de cinco mil homens, e seus inimigos tinham pelo menos o triplo do seu contingente. Ele se lembra perfeitamente dos rostos de seus homens, diante da iminente derrota, se apegando em suas crenças, pedindo perdão e agradecendo pela vida que tiveram. Ele se lembra de seu discurso forte, com palavras que havia aprendido com o pai, que faziam ferver o sangue de seus homens. Ele corria na frente de seu exército, sobre o seu cavalo, sob sua armadura, e a chuva que caia se misturava às lágrimas daqueles que já tinham abraçado a morte, antes mesmo de sua chegada. O cavaleiro termina seu discurso e os urros são ouvidos há milhas de distância, e o barulho das espadas e lanças contra os escudos se torna ensurdecedor. Ele ordena o ataque, e seus homens seguem em frente, montados em seus cavalos ou não, contra uma barreira de lanças e escudos que ficaram imóveis, mesmo depois da ordem de ataque inimiga. Ele lembra perfeitamente de como as lanças perfuravam os corpos, e das expressões de dor e desespero de seus homens, quando encontravam a morte. Assim que a primeira defesa inimiga ruiu, ele se juntou aos homens que comandava e saiu em um trote furioso com seu cavalo, e por onde passava, feria mortalmente o inimigo. Depois de três dias de batalha, ele finalmente baixou sua espada, e olhou em sua volta e quase não conseguia ver a terra, pois os corpos caídos cobriam praticamente todo o campo de batalha. Ele enfim encontra seu cavalo, ferido e amuado, e lhe faz um curativo provisório, conseguindo lhe tirar dali. Seus homens, que agora não passavam de quinhentos, entoavam cânticos de vitória misturados com um choro pela perda de amigos, irmãos, pais e filhos, e cantavam enquanto recolhiam os corpos ou o que havia restado deles. O cavaleiro então chora, não por estar vivo, mas por não ter ninguém ali para chorar. E é isso que lhe faz decidir abandonar essa vida de batalhas, e viajar para algum lugar onde possa encontrar alguém por quem possa chorar um dia.
Quando o cavaleiro desperta, já é dia, e o sol invade seu quarto e aquece seu corpo. Ele se levanta e já começa a se vestir, não pode perder tempo, tem de continuar a viagem. Depois de vestido e devidamente alimentado, ele vai ao estábulo e toma seu velho cavalo de volta, um tanto quanto revigorado depois de uma noite de descanso. Montado em seu cavalo, ele volta para a estrada e segue em busca de sua próxima aventura, que espera ser a última. Encontrar o motivo de seu pranto, ainda desconhecido. Essa é a única batalha que ele deseja perder, por isso deixa pelo caminho sua espada, seu escudo, sua armadura, para não ter como se defender do amor que busca encontrar.

sábado, 8 de outubro de 2011

Contradição feminina

Mulheres vivem pedindo aos céus o chamado "homem perfeito". O homem que tem de ser carinhoso, devoto, sincero, fiel, surpreendente, apaixonante, divertido, simpático (apenas com sua "dona"), entre outros tantos adjetivos. O que mais vejo são posts em redes sociais de preces como essa. Mulheres que rogam aos céus por uma benção dessas, mesmo crendo que seres como esse são folclóricos. Mas uma coisa me chama a atenção. Por que vocês, mulheres, continuam sempre em companhia de homens, que na maioria das vezes, são o oposto disso?! Eu não sei qual a finalidade dessas campanhas "Procura-se o homem perfeito", se, quando eles estão na frente de vocês, mulheres, ainda acabam optando pelo troglodita da escola, ou pelo gatinho da faculdade, ou pelo malandro da vila, ou pelo fortão da academia...
A cabeça de vocês, mulheres, é um mistério. Vocês pensam que os homens (de verdade), não sabem como se deve, realmente, tratar o sexo oposto. Principalmente quando a mulher em questão, é a paixão do homem (de verdade). Existem homens que ainda pensam que uma noite sem sexo não é o fim do mundo, que uma conversa sem pretensões é possível, que a amizade vem antes do amor, e que junto dele, se fortalece. Homens ainda são seres confiáveis, reitero que me refiro aos homens de verdade, e não aqueles que mais vejo acompanhando grande maioria de vocês. Os homens de verdade, na maioria das vezes, não são dotados de rara beleza (experiência própria), nem tem o corpo perfeito (olha eu aqui de novo), mas o lado bom é que a maioria das mulheres não cobiçam homens feios, ha! 
Essa última parte foi só uma piada infeliz, mas o que eu realmente quero dizer é que, antes de incomodarem os deuses com súplicas por homens perfeitos, olhem ao seu redor, e vejam se não existe um cara feio muito gente boa que te ama secretamente. Isso não é uma campanha para desencalhar a rapaziada desprovida de beleza, e sim, uma dica para que vocês consigam encontrar o amor verdadeiro onde ele está na maioria das vezes. Ao seu lado.


Ainda existe salvação para essa raça, apelidada carinhosamente de filhos-da-puta.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Palavras para amar


Palavras me vêm a mente, e minha mente não mente, ela sente e ela assente, contente, pensando em ti.

Palavras me vêm a boca, dão sopa, se dispõe de maneira louca numa sensação boba, que só me leva a você.

Palavras que passo ao papel, feito nuvens no céu, disformes num carrossel, escritas somente a ti.

Palavras que representam o coração, como um amor, não de irmão, feito o de Eva e Adão, que fazem as coisas como são, merecidas por você.

Coisas que não saem daqui, e que se perdem ali, onde você não está.

Não adianta sofrer, me dispor a morrer, se é você que não vê, que eu sempre estive aqui. Ou ali. Ou lá.

Mas que tola contradição, como posso dizer não, se um dia, talvez, quem sabe, conquistar seu coração.

domingo, 28 de agosto de 2011

A arte do ódio.

Existem dias em sua vida que você passa a enxergar a verdade, e não tem vergonha de admitir seus fracassos. Nesses dias você procura culpar todos que já te fizeram mal, e pensa no motivo que levaram essas pessoas a isso. Você pensa, pensa, pensa, se questiona, investiga, e quando você acha que encontrou um motivo, pára de pensar e amaldiçoa essas pessoas que lhe fizeram algum mal, por menor que ele seja. Convenhamos, desejar o mal para alguém é um tanto quanto legal. Esse papo de energias positivas meu ovo. Quem é que pensa em mim?! Quem é que resolve meus problemas, que pelo menos compartilha deles?! Ninguém! E eu já disse, e repito, se for ajudar alguém, cobre por isso! Ser pago com ingratidão não vale muita coisa. É foda, você se dedica aos problemas alheios, de coração, pois você é bom, não consegue ser indiferente, e quando você ajuda o próximo, esse esquece de você.
FODA-SE O MUNDO. Não aguento mais isso, não aguento mais fazer algo sem pensar em mim. É uma revolta sem fundamento, sim, pode ser, e é minha e de mais ninguém. Eu tenho direito de amaldiçoar quem eu quiser, eu tenho direito de ter raiva, eu tenho direito de querer chutar o mundo inteiro, eu tenho o direito de gritar em silêncio, de amargar quieto a mais profunda mágoa, a mais densa decepção. Eu tenho o direito de fazer tudo isso dentro da minha cabeça. De ficar louco demonstrando lucidez. Eu sou assim, eu fui moldado assim. Eu confundo sentimentos na esperança de que algum deles dê certo, que me tire desse conflito existencial sem sentido algum. Eu sei que tem gente pior que eu, mas eu não posso me preocupar com o mendigo da esquina, eu gostaria, mas no momento eu quero que ele se dane. EU tenho o direito de ser egoísta. Bondade é paga com o quê?! Não sei, não recebi nada de valor em troca da minha bondade. Não recebi felicidade, amor, carinho, muito menos dinheiro. Depois que você ajuda, que você soluciona o problema alheio, você é simplesmente esquecido. Você não tem mais valor, é tipo "valeu aí, otário!". Eu, nesse momento, tenho o direito de amaldiçoar o mundo, de desejar com todas as minhas forças que toda essa merda de relacionamentos falsos que construímos durante essa vida desgraçada queime em chamas infinitas, e que todos sofram até o fim dos dias... 


Quando você pára e coloca no papel um sentimento ruim, você desabafa e evita um transtorno maior. Sinta-se leve.

domingo, 14 de agosto de 2011

Learn

Surpreender-se é engraçado. Você sempre pensa que conhece tudo profundamente, julga as pessoas, se acha o "sabe-tudo". Mas quando você se surpreende, você fica sem chão. Suas teorias caem por terra e tudo parece não fazer mais sentido. Conhecer pessoas é o que mais surpreende. Você rotula a pessoa, define sua personalidade, limita seus conhecimentos, e de repente, numa conversa a esmo, você percebe que tudo o quê você pensava não vale de nada. Mas não estou me referindo a isso como uma coisa ruim, mas sim como algo muito bom. É interessante quando essas coisas acontecem, e valem muito à pena. Sinceramente, preciso parar de definir as pessoas antes de ter um contato mais profundo. Não funciona (mesmo). Me desculpe pelo que já pensei de você. Se você ler isso, saberá do que se trata.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu não sei se já disse isso, mas só por precaução vou repetir. Não existe ninguém que confunda mais sentimentos do que eu. Eu nem sei o motivo de continuar escrevendo essas coisas, pois ninguém lê o que é postado aqui, mas serve como lembrete. São idéias que eu não quero que se percam. Conheci alguém que realmente me interessou, não sei muito sobre ela, apenas as formalidades foram apresentadas. Mas algo nela mexeu realmente comigo, não sei se foi o seu jeito, sua inteligência, sua beleza, ou seu charme, mas alguma coisa sua faz com que ela não saia da minha cabeça. Gostaria muito de conhecer ela melhor, de saber se ela também pensa a mesma coisa sobre mim, quem sabe não dá certo, não é mesmo?! 
Não sei se isso vai dar em alguma coisa, já desencanei de pensar nisso, mas realmente ela me chamou a atenção.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ela está aqui, em algum lugar, dentro de mim, ou não. Sinto sua presença, não sei o motivo, mas parece que ela está aqui do meu lado, sussurrando algo que não consigo entender. Meu coração está apertado. Não é confusão de sentimentos, já expus o que sinto e nada mudou, a distância continua a mesma, a freqüência com que nos vemos, pelo visto será a mesma, mas o simples fato de pensar nela me transporta para o seu lado. Não é uma declaração de amor, pelo menos este texto não. É apenas a minha razão tentando superar a emoção, é a minha busca por entender o que ela significa realmente, e o motivo de me importar tanto com ela. Eu digo coisas, tento explicar, tento dar-lhe uma característica e ela não aceita, tento demarcá-la, tento fazer com que incline sua cabeça em sinal de positivo, tento emocioná-la, tento entrar em seu coração, conhecer sua mente, seus pensamentos, que me parecem sempre tão nebulosos, mas não no sentido ruim, como se ela fosse alguém triste, muito pelo contrário, penso que ela transborda alegria e sabe como ninguém cativar a todos ao seu lado, por isso seus pensamentos me parecem cobertos de nuvens, mas apenas para se manter com a guarda alta, contra um inimigo sem rosto, que me aflige também, que aflige todo mundo, é um medo de nada que parece com tudo. E mais uma vez eu estou dizendo o que penso. Pode ser a maior groselha do mundo, mas o que penso é isso, e penso que você deve ser mesmo de outro mundo. Me parece que você não cabe aqui, que essa vida é muito apertada, parece uma borboleta que procura um mundo com suas asas depois de tanto tempo trancada, em metamorfose. Você é realmente apaixonante, intrigante, um tanto quanto irritante, mas é impossível passar desapercebida. Você é o contrário de tudo que acredito ser, contrária a todas minhas crenças, contrária a tudo que penso. Esse tudo não é bem um "tudo", digo que apenas a matéria e a física são nossa rota de colisão, o lugar onde concordamos em algo. Você é uma nuvem carregada num céu ensolarado, uma pincelada errada numa obra de arte, um carro ocupando duas vagas de estacionamento, é inexplicável, intrigante. É rara. E penso ser esse o motivo de eu querer tomar conta de você, de te guardar numa caixa forrada de almofadinha pra você não se machucar, sei lá. Você é uma incógnita sem resolução. E você consegue ser tudo isso sendo apenas você. Pode ser que eu esteja pensando algo que não exista, pois eu penso como o Bobby, do fantástico mundo de Bobby. Tudo pra mim pode tomar forma, mas você é uma das poucas coisas que sempre acaba assumindo a sua forma. Se você chegar até aqui e concordar com pelo menos 10% desse texto já vai ter sido valido. Eu te acho importante, mesmo se você disser que não. Eu te acho do contra, e se você discordar teremos a prova. Eu acho que você é tudo e nada. Você é um Raul Seixas de saia, seja lá o que isso signifique. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Obama X Osama

Fazem quase dez anos desde os ataques ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Eu me lembro bem daquele dia, me lembro de acordar no meu horário habitual e ligar a televisão para assistir Dragon Ball Z e tomar meu café da manhã. Mas naquele dia isso não aconteceu, me lembro de ver meu pai dizendo que aquilo que estava acontecendo era uma loucura, que um avião tinha se chocado contra um prédio e ninguém sabia qual era o motivo. Pensaram que havia sido por acidente, mas depois do segundo avião atingir a outra torre todos mudaram de idéia. Eu não entendia o que estava acontecendo ali e muito menos me importava com aquilo, eu queria era ver o meu desenho e depois ir à escola, só isso. Depois de assistir ao desespero das pessoas que pediam ajuda e se jogavam das torres, depois de ver aqueles dois prédios enormes desmoronando sobre boa parte de Nova York, eu fui para a escola e nem cheguei a comentar sobre o assunto. Eu e meus amigos só discutíamos o fato de não exibirem o episódio do desenho por causa do atentado. Me lembro que meu professor Augusto, de história, ficou indignado pelo fato de ninguém comentar sobre o assunto, e disse que era um absurdo não prestarmos atenção naquele fato que iria mudar a história do mundo. Ele dizia que isso era algo que muitas pessoas não tiveram a oportunidade de ver, e eu me lembro de achar que ele estava feliz com o ocorrido. Eu tinha 11 anos, não entendia a magnitude do fato. Hoje, depois de anos de guerra, onde milhares de americanos perderam suas vidas e milhares de dólares foram gastos no Afeganistão, eu me surpreendi com a manchete de que Osama está morto. Porra Osama! Depois de tanto tempo você me dá uma dessas?! Não que você merecesse uma segunda chance, longe disso, você morreu pois essa era a melhor saída para o seu caso, mas eu sempre achei que você iria morrer de uma maneira mais heróica, tipo cena de filme de Hollywood. Morrer em um tiroteio, depois de usar uma mulher como escudo não faz seu tipo. Você é o cara que acabou com a segurança dos Estados Unidos da América, o maior país desse mundo, o soberano, a terra das oportunidades, e você morre assim, como um indigente, como um "bandidinho" de favela. Ah, se eu fosse da Al Qaeda eu iria sentir vergonha disso. O líder da maior e mais temida organização terrorista morrer desse jeito?! Tsc, tsc, tsc.
Bem, hoje os EUA precisam tomar mais cuidado do que nunca, pois o legado de Osama Bin Laden ainda vive, os soldados treinado por ele ainda estão soltos por aí, e não duvido nada que eles ainda vão dar o ar de suas graças explodindo mais alguma coisa. Ninguém sabe quando nem onde, mas que o povo dos EUA devem estar com um pouquinho de medo, isso eu tenho certeza. As coisas aconteceram na ordem errada. Os soldados americanos deveriam ter executado Osama muito tempo atrás, para depois instalar suas tropas no Afeganistão e vigiá-los de perto, para que o 11 de setembro não se repetisse. Não sei não, hein Obama, mas você deve estar meio aflito com essa situação. Logo no seu governo mataram o cara. Tudo bem, entendo que você faça sua festa, e tranquilize o povo dizendo que a segurança nacional não será ameaçada, mas será que você, realmente sente isso?! Será que você realmente pensa assim?! Essas perguntas não têm e nunca terão resposta, mas assim como você espero que, se o líder da maior organização rebelde do mundo morreu de forma tão idiota, a organização em si também não tenha um futuro brilhante sem ele.
God bless you, USA.

domingo, 10 de abril de 2011

A palavra que mais usam para definir o que aconteceu na escola do Rio de Janeiro é tragédia. É óbvio que foi uma tragédia, inocentes pagaram com suas vidas por conta dos problemas de um rapaz perturbado. Mas o que se pode esperar de um país onde não existe consciência nenhuma, onde o que importa é o carnaval e o futebol. Oba! Copa do mundo em 2014, e ainda mais, olimpíadas em 2016. Viva o Brasil! O país que está na moda, tão na moda que já estamos enfrentando problemas de países de primeiro mundo (a expressão pode até estar obsoleta, mas é a que melhor se encaixa em meu vocabulário até hoje!). Já ouvi gente dizendo que essas tragédias acontecem por causa dos jogos cada dia mais violentos, cheios de armas que existem e impressionam as crianças. Tá legal, não sou psicólogo, psiquiatra ou qualquer coisa do tipo, para saber se isso pode levar uma criança a ser um terrorista ou não, mas na minha concepção isso não faz sentido algum. Existem pessoas que passam a vida jogando jogos de violência e não entram em cinemas executando pessoas. Mas esse não é o foco aqui. O foco é o caso do Rio, onde eu acredito que o problema não se relacione a isso, e sim a um problema mais social. Não quero defender aqui o rapaz que cometeu essa chacina, eu acredito que a morte foi a melhor solução para ele, pois para planejar algo tão maligno como essa investida suicida, é óbvio que ele não estava com sua saúde mental em perfeito estado, e trinta anos de cadeia não o fariam uma pessoa melhor. Mas de quem é a culpa disso tudo? Das autoridades, dos civis, de Deus, do demônio?! Ninguém nunca vai saber o que levou esse rapaz a fazer o que fez, embora o cunho religioso seja o mais aparente nesse caso.  O  que fica claro é que esse país ainda anda em marcha lenta com relação a melhoria da segurança pública. O nosso sistema é falho, nosso governo é falho, a saúde não é boa, as condições de vida da maioria também não o são. E continuamos favorecendo àqueles que acham que o futebol e o samba vão salvar o Brasil. Ah! Tudo bem. Daqui um mês todo mundo já mudou de assunto mesmo, e só vão se lembrar desse fato lamentável na retrospectiva do fim de ano da globo. Não tenho crença alguma, e desde que me entendo por gente venho pensando que a religião é o ópio do povo. o ópio não, o placebo do povo. E vejo que não é só isso, tem muito mais problemas que são tratados com a velha política do pão e circo do que deveriam. O luto não adianta de nada. Talvez a luta traga algum resultado. A luta contra a desigualdade, que é a base desse problema todo, que marcou a vida das famílias das vítimas. Eles não vão esquecer disso em 2014. Nem em 2016.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Existem pessoas com uma extraordinária capacidade de estragar tudo. Creio que eu seja uma delas. É normal as pessoas se equivocarem vez ou outra, mas se isso acontecer constantemente, meus parabéns! Você é um bosta! Existem mil maneiras de dizer a alguém o quanto você gosta dessa pessoa, o quanto ela é importante em sua vida, mas isso não deve ser feito por uma mensagem de celular, e nem ser dito a uma pessoa que você não convive direito. É por isso que existe o amor platônico, para que as pessoas dotadas do dom da imbecilidade, sem capacidade alguma de se relacionar sintam que alguém lhe é importante. E ainda tem o benefício de não incomodar a suposta pessoa amada. É óbvio que existem casos em que isso é até considerado romântico, mas acredito que na maioria das vezes pareça mais com um grito desesperado de "por favor, fique comigo!". Não sei demonstrar amor, já fui ferido por ele e isso me tornou meio arisco, e completamente burro para tratar de situações que o envolvam (o amor). Perdi aquele feeling de aproveitar um bom momento, e me especializei em depois tentar recuperá-lo. Pura idiotice, que na maioria das vezes se torna um fracasso. Mas também adquiri uma incrível capacidade, a de ficar com as pessoas erradas, na hora e locais errados, o que quase me custou uma grande amizade. Não sei nem o motivo de externar isso, mas essa idéia me veio à cabeça e não quis perdê-la. Talvez seja isso. Aliás ninguém passa muito por aqui mesmo, então continua sendo um segredo. 
Ai, ai. O que se faz para conquistar alguém que mesmo estando distante, não me sai do pensamento? Pode parecer uma idéia, uma fixação, mas acredito que seja mais do que isso. Não é possível sentir a falta de alguém que nem conheço direito com tanta intensidade quanto venho sentindo. (Quando digo que "nem conheço direito", quero dizer que não convivo frequentemente). O normal seria essa pessoa ser indiferente para mim, mas não é. Em muitos anos é a primeira vez que me sinto assim, vazio, com essa vontade de estar ao lado dela e que ela se entregue de corpo e alma a mim. Sim, eu sei que isso é um puta papo de derrotado, de fracassado, mas na minha vida, que acredito não ser um completo fracasso, relacionamentos são um ponto muito fraco. Não duram tempo algum e o idiota aqui, de coração mole, que sempre quer se achar o malandrão, que sabe lidar com tudo, acaba se machucando. Não quero pensar nela, mas penso. Acredito que ela pode até pensar em mim, mas não com as mesmas intenções. Será que algum dia será possível encontrar uma saída para esse meu jeito tolo de amar? Não tenho muitas esperanças, mas elas ainda existem. Já disse que gosto dela, pelo menos disso ela sabe, embora teria sido melhor lhe dar uma pedrada a dizer isso da maneira que eu disse. Mas se ela não se pronunciou quanto a isso, creio que não haja reciprocidade de sentimentos, pelo menos os de amor. Eu não acreditava em amor, acreditava em conveniência, mas o amor existe. Existe e machuca. Não há nada de errado em amar, isso faz bem às pessoas, mas apenas quando vem de ambas as partes. Não existe esse papo furado de "meu amor é grande e vale por nós dois", ah, uma ova! O amor só existe a partir do momento em que ambas as partes se entendem e se completam. Eu sei que esse papo é completamente sem pé nem cabeça, mas o que não sai da minha cabeça é ela, e acredito que ela vai permanecer em meus pensamentos durante muito tempo. Nunca saberei, mesmo estando com ela (pouco provável), ou com outra pessoa. Fico feliz por ver pessoas que se dizem amando, reforço a idéia de que amar faz bem. E eu estou precisando me sentir bem. Será que ela não quer se sentir bem, também?! E eu torno a pensar em você...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu não consigo ser otimista. Descobri que isso é um fato. Tentei e ainda tento ver o lado bom das coisas, mas nada de bom acontece comigo. Já pensei que fosse alguma coisa relacionada a um carma, já pensei que fazendo coisas boas às pessoas algo de bom aconteceria comigo. Bobagem! Eu me esforço pra fazer tudo certo, ando na linha, tento ao máximo fazer as pessoas se sentirem bem com a minha presença, com minhas atitudes, e acredito que elas até se sintam bem comigo por perto. Faço de tudo para que uma simples conversa seja a mais agradável possível, e mesmo assim as coisas não dão certo para mim. É estranho dizer isso, mas todos me acham uma pessoa completamente normal, mas de normal eu não tenho nada. O ódio que eu carrego comigo é algo que não consigo descrever. É aquele papo de dupla personalidade mesmo. Creio que não haja só um "eu" dentro de mim. Mas eu não sei até quando esse domínio sobre meu ódio vai durar, eu não sei qual é o limite para ele aflorar, e isso é o que me preocupa. Acredito que seja isso, alguma coisa mais do que física, que faz com que tudo que eu faço dê errado, que eu não obtenha sucesso na maioria das coisas que faço. Não sei o que pode acontecer se eu realmente sair do sério. Tenho medo.
Não estou pedindo a ajuda de ninguém, aliás nem quero que venham falar sobre esse assunto comigo. Só não quero que isso venha a ferir alguém, e como eu não conheço esse ódio muito bem, me refiro a ferir fisicamente. Já tive vontade de matar. Nunca de morrer. Já tive vontade de sair desse mundo, mas não partir para o outro lado da vida, se é que isso existe. Não venha me aconselhar, não preciso de seus conselhos, sou melhor do que você, do que qualquer um. Egoísmo e egocentrismo são minhas marcas registradas. Só me deixe amaldiçoar o mundo, pelo menos assim não criarei problemas a ninguém.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A paz... Invadiu o meu coração...

Há muito tempo não escrevo, pois há tempos a inspiração não dava as caras, e para falar a verdade eu também não sei se ela virá hoje. Tratar de assuntos pessoais, de sentimentos, dores, perdas, realizações, é bem mais fácil  do que falar de um assunto como esse. A paz. Quem é que realmente não gostaria de viver num mundo pacífico, onde você não precisasse ter medo ao sair de sua casa, entrar em um ônibus, pegar um vôo até o Oriente Médio, ou qualquer coisa do tipo? É uma pergunta retórica, todos os que vivem nesse mundo de caos gostariam de viver num mundo de paz. Ninguém, por mais nacionalista que seja, por mais inconsequente que seja, vai em sã consciência para a guerra, sabendo que as chances de não voltar dela são enormes. Não entendo o significado das guerras, acho que nunca entendi, mas só fui me dar conta disso agora. Não entendo a razão de perder a vida por algo que não lhe é de direito. Discutindo isso com um amigo, chegamos à conclusão de que tudo isso é uma grande bobagem, pois na maioria das guerras, os combatentes não ganham nada, além de uma vida perturbada e uma medalha no peito. Quem se aproveita da guerra são os governantes, que ganham status a cada vez que entram em um lugar,o domina e lhe tira tudo o que for de seu interesse (do governo). Fazendo  uma analogia barata, com uma metáfora bem clichê, a guerra é como um jogo de xadrez, bem simples mesmo, onde todas as peças são o exército e o enxadrista é o governante. Cada movimento de um enxadrista, o aproxima de seu objetivo,conquistar o território alheio e derrubar seu governante. Mas cada um desses movimentos traz consequências para ele mesmo, a cada avanço, ele deixa pra traz suas peças também desprotegidas, a cada jogada, ele perde seus peões, torres e cavalos, e mesmo assim, mesmo que ele perca a sua linha de frente inteira, que perca tudo e só lhe reste uma peça, ele não desiste, e continua o jogo sem se render. A analogia barata acima tem o intuito de explicar que é assim que as coisas são também no mundo real, nas guerras. Quem perde são as peças, o povo, aquele pai de família que foi convocado, aquele irmão, aquele marido, aquele rapaz jovem. Todos eles vão para a guerra sem saber se vão voltar, e se voltarem, em que estado voltarão. Não é justo viver esse jogo de xadrez, pois os enxadristas só entram no campo de batalha quando a suposta paz, obtida através de massacres já se dissolveu e o terreno parece amistoso. Nenhum presidente vai entrar numa trincheira, nenhum governador vai entrar em um avião suicida, ninguém vai chorar as mortes populares além do próprio povo. E qual é o significado disso? Qual a necessidade do homem querer destruir tudo que está a sua volta, por ganância? O filósofo inglês Thomas Hobbes já disse, "o homem é o lobo do homem", pois nenhum outro ser vivo destrói a mesma espécie como homem. Não acredito na paz mundial, isso é utopia, pois enquanto houver petróleo, diamantes, terras com recursos abundantes dando sopa por aí, o enxadrista sempre estará com seu tabuleiro embaixo do braço pronto para sacrificar milhares de peões para ganhar o jogo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ah, o tempo.

E o tempo era um tanto quanto injusto, por vezes passava rápido demais, outrora, muito devagar, é algo que não se pode controlar, ele não dava essa oportunidade, não queria ser mestrado, dominado, passado para  trás. Mas o garoto sempre fazia o que queria com o tempo, sempre conseguia desdobrá-lo, deixar na forma que mais lhe agradava, e era o único que tinha esse poder em suas mãos. Não que soubesse disso, era algo que apenas acontecia, ele não tentava tirar proveito diretamente disso, apenas vivia conforme queria, e o tempo sempre lhe dava tempo. Suas brincadeiras levavam horas desse tempo, seus estudos também, assim como suas amizades, sua família, seus sonhos e pesadelos, mas mesmo assim o tempo parecia ser paciente com o garoto. Não lhe cobrava nada, não lhe apressava, deixava que vivesse seu tempo. Ele gostava do tempo. O tempo nem aí.
A semana parecia ser mês, e o mês, ano. Isso quando o ano não era mês e a semana, dia. Ele sentia o tempo como lhe convinha, e o tempo nem aí.
A semana era da escola, os fins de semana, da diversão. Brincadeiras, passeios, futebol, casa da avó, dos tios, dos amigos, sua casa. O tempo estava lá. Sem incomodar.
Mas o garoto cresceu, e o tempo parece que também, não em espaço e sim em idade também. Pareceu mais adulto, mais ingrato. O garoto não entendeu o tempo, e o tempo também não queria ser entendido. Tinha mais responsabilidades agora. Havia se tornado um "tempão". O garoto se desdobrava com o tempo que apesar de "ão", lhe parecia "inho". O tempo levou sua escola, seus amigos, seus passeios, sua avó. O tempo não respeitava mais as vontades do garoto. O garoto comprou um relógio, para sempre ficar de olho no tempo, mas o tempo lhe enganava, era bem mais esperto, o tempo havia vivido mais tempo. O tempo deixou de ser amigo do garoto, e isso já faz um tempo. Só que o garoto não teve tempo para entender o que estava acontecendo. Então ele sonhou com uma máquina do tempo, queria voltar atrás, fazer tudo de novo, viver mais uma vez aqueles bons tempos. Mas como seria possível voltar no tempo, se ele é tão apressado agora, e só olha para frente? O garoto então chorou, e pediu um tempo, e o tempo não lhe ouviu. Ele implorou ao tempo para que pudesse voltar no tempo, mas o tempo estava sem tempo para esse tipo de coisas. Foi aí que o garoto entendeu que o tempo não poderia voltar no tempo, pois ele precisaria de tempo para isso, e de tempo, o tempo não dispõe.

sábado, 1 de janeiro de 2011

A vez da mulher.

Acabo de assistir o discurso da presidente Dilma Roussef, falando como anjo no meio de demônios, pois pôde-se ver milhares de demônios naquele plenário hoje. São incríveis sua palavras, quem escreveu aquele texto deveria receber uma condecoração, pois é comovente e nos faz sentir orgulho de ser brasileiros. Mas sempre me vem uma pergunta à cabeça. Será mesmo que fizemos a escolha certa? Será mesmo que esse país vai mesmo continuar crescendo, já que é quase uma terra de ninguém? Será que ela conseguirá mesmo erradicar a pobreza como disse, melhorar a educação e acabar com a corrupção, dando total apoio à punição dos corruptos? Bem, temos quatro longos anos para chegarmos à conclusão dessas questões. Acredito que, será dificílimo resolver todos esses problemas, e não é pelo fato de ser uma mulher no poder, é pelo fato desse país ter entrado numa era onde não há respeito nenhum, de ninguém para ninguém. Não é pessimismo, é realidade. Ninguém acredita realmente que alguma coisa vá mudar, ninguém que eu digo é alguém com o mínimo de instrução possível, pois contamos com eleitores praticamente analfabetos, que são obrigados a exercer um direito, sim, eu penso que votar é um direito cívico, e não um dever. Grande parte da população assistiu as propagandas eleitorais esse ano, e a maioria instruída achou tudo uma grande piada. Mas esse país se tornou uma piada, mesmo crescendo em ritmo acelerado, graças ao governo Lula, ainda vemos o Brasil retratado em filmes e desenhos como uma grande floresta com onças e macacos andando soltos por aí, invadindo avenidas e pessoas morando em árvores, ou um país onde seus turistas perdem os órgãos em viagens para a Amazônia. Ninguém realmente respeita esse país, começando por nós mesmos, que permitimos que pessoas como "Tiririca" e "Maguila" concorram a cargos públicos, e que ainda por cima, ganhem com números extraordinários. Nada contra essas pessoas, mas ninguém quer uma pessoa sem instruções tomando conta de seus bens, a não ser o "Maguila", pois ele serviria muito bem como segurança pessoal. O que quero dizer é que espero que esse país tenha um futuro melhor, que todos tenham condições de se instruir para aí sim, concorrer a um cargo público ou fazer qualquer outra coisa, que tenham direito de saber o que é certo e o que não é. Não quero que pensem que não confio no governo de Dilma Roussef, muito pelo contrário, se ela está lá, é porque provou seu valor diante de seu partido e conquistou a confiança do ex-presidente Lula. Espero ver daqui a quatro anos um país mais responsável, com mais igualdade, mais direitos, menos pobreza, menos violência, mais saúde e educação. Que esse governo nos dê dignidade para viver, para criarmos nossos filhos e para voltarmos a acreditar no Brasil. Tenho orgulho de ser brasileiro, mas nossas atitudes ainda me envergonham. Espero realmente ver essa mulher fazer valer a sua vez no poder, apesar de não ter votado nela.